Então contou esta parábola:
Um homem tinha uma figueira plantada em sua vinha. Foi procurar fruto nela, e não achou nenhum.
Por isso disse ao que cuidava da vinha: “Já faz três anos que venho procurar fruto nesta figueira e não acho. Corte-a! Por que deixá-la inutilizar a terra.”
Respondeu o homem: “Senhor, deixe-a por mais um ano, e eu cavarei ao redor dela e a adubarei. Se der fruto no ano que vem, muito bem! Se não, corte-a.” Lucas 13:6-9
Hoje estudaremos a parábola da figueira. Essa parábola foi contata por Jesus para um grupo de líderes religiosos, assim, em nosso tempo podemos entender que essa é uma parábola específica para liderança da igreja.
A parábola fala de uma figueira, uma vinha, o senhor da vinha e o cuidador da vinha. Podemos entender que a “figueira” é a “própria liderança” e a “vinha” a “comunidade de fé”. O senhor da vinha e o cuidador da vinha são dois atributos de Deus. O “senhor da vinha” representa a “justiça” e o “cuidador” da vinha representa a “misericórdia”. Na parábola, ambos os atributos conversam entre vi sobre a liderança espiritual daquela comunidade.
A figueira (liderança) é infrutífera, e por isso, está sugando forças da vinha (comunidade fé). Portanto, se continuar ali vai prejudicar toda a vinha. O proprietário (justiça de Deus) toma atitudes para preservar a saúde da vinha e não destruí-la. Mas o cuidador da vinha (misericórdia) se dispõe a ajudar. Ela quer cavar ao redor da figueira e adubar. O cuidador da vinha sabe que sozinha a figueira não dará frutos e estava disposto a fazer algo para fortalecer suas raízes para que então ela pudesse gerar os frutos. Sozinha a árvore não conseguiria reunir forças necessária para ajudar suas próprias raízes.
A justiça de Deus requer que a árvore seja arrancada e a misericórdia pede mais graça, e uma segunda oportunidade.
Para liderança espiritual infrutífera o juízo é iminente. A misericórdia toma providências para ajudar. Mas existe um tempo estabelecido. O amor pela comunidade de fé é profundo demais para que Deus faça de outra forma.
Os líderes espirituais estão plantados na vinha e espera-se que eles produzam frutos. Quando esses líderes são infrutíferos, não falham apenas na sua obediência como indivíduos, mas também esterilizam a comunidade que está ao seu redor. Deus tem muito cuidado com a comunidade e não tolerará indefinidamente esta situação.
A misericórdia é oferecida a essa liderança na forma de uma graça renovadora. A oferta de misericórdia é feita, mas os líderes precisam aceita-lá. Aceitar essa graça implica em encarar os processos de Deus sobre sua vida, para que então crie raízes. Os líderes precisam desencadear uma reação interior, se não acontecer assim o juízo será inevitável.
O trabalho para o reino de Deus deve ser feito com temor. Muitas pessoas têm presa de viver seu chamado e pulam etapas em sua vida. Não vivem os processos de Deus e assumem funções sem estarem prontos para isso, pois não desenvolveram raízes fortes o suficiente para produzirem frutos duradouros. O resultado disso é um ministério infértil. Mas para esses, Deus oferece sua misericórdia, basta despertar e aceitar aquilo que Deus propõe. Se não aceitarem a misericórdia, serão cortados, pois o juízo de Deus protege a comunidade de fé.