Como eu conheci Jesus

Oi gente, tudo bem? Há alguns dias, Deus me fez lembrar dos primeiros momentos que realmente passamos juntos. Então decidi contar para vocês como eu de fato conheci a Jesus e mudei a direção da minha vida.

Eu tive uma infância muito boa e não tenho lembranças ruins dessa época. Fui muito amada e desejada por meus pais. Entretanto, na adolescência tive alguns problemas, familiares e pessoais, que fizeram surgir dentro de mim um anseio por cuidado. Foi quando tive meu primeiro contato com a Palavra de Deus.

Eu nunca fui criada dentro de uma religião, minha mãe sempre disse que era pra eu escolher quando eu crescesse. Então, eu cria em Deus e sabia rezar o tradicional “Pai Nosso”. Me acostumei a orar todos os dias antes de dormir, primeiro eu falava com Deus e depois eu rezava o “Pai Nosso”. Até que um dia ganhei uma bíblia e comecei a ler. Nessa época tive minha primeira experiência com uma igreja protestante.

Frequentei a igreja, escutei sermões e aceitei aquele Cristo que eu estava conhecendo, mas o tempo foi passando e os problemas da minha adolescência foram sendo resolvidos e eu achei que não precisava mais do cuidado que buscava em Deus. Foi nessa época que Satanás plantou na minha mente uma das maiores mentiras da minha vida: “Você está perdendo tempo, deveria estar aproveitando mais”.

Eu acreditei nisso. Eu tinha 18 anos e nunca tinha ido a uma festa enquanto minhas amigas acumulavam uma enorme lista de festas e mais festas. Resolvi começar  a aproveitar. Também foi nessa época que eu entrei na faculdade e eu fui para muito longe de Deus.

Claro, quebrei a cara! Por fora, tudo estava muito bem, mas por dentro era uma bagunça. Decepção atrás de decepção. Quando me interessava por alguém, ele logo aparecia com outra pessoa. Eu simplesmente fingia que não ligava para o que tinha acontecido, mas isso me machucava. Até que cheguei no meu limite.

Tinha acontecido de novo, mais uma frustração, eu estava bem triste. Chegou o final de semana e eu fui para casa dos meus pais. Na hora de ir embora, começou a me dar um certo desespero. Eu sabia que ia chegar em casa e que ficaria sozinha, sem ninguém pra conversar. Comecei a ter muito medo da sensação de solidão que eu poderia sentir, mas aí me lembrei que domingo era dia de culto e resolvi ir para igreja.

Cheguei na igreja e sentei na última fileira, fechei meus olhos e só escutei o culto inteiro. Eu não queria que nada me distraísse. Acabou o culto e eu voltei para casa, fui andando por uma ponte e comecei a orar. Eu disse bem assim: “Deus, eu acho que aquela decisão que eu tomei lá atrás foi algo muito sério e que eu nunca mais vou conseguir viver longe de você. Eu já tentei e nada deu certo, mas eu também não consigo voltar sozinha. Eu preciso de ajuda!”

Foi aí que tudo começou. Nada foi de um dia para o outro. Iniciou-se um processo na minha vida. Na semana seguinte eu fui pra um PUB com as amigas, mas eu olhava tudo aquilo e me sentia completamente fora de situação. Ali eu percebi que eu precisava me desintoxicar. Foi então que eu me afastei de tudo e de todos. Eu não sei se fiz certo ou errado, mas eu não queria mais ter aquela vida e cheguei a conclusão de que precisava dar um tempo de tudo. Simplesmente me afastei. Eu tinha uma amiga que dividia apartamento comigo naquela época, eu decidi que ia morar sozinha e conversei com ela, que acabou saindo do apartamento antes que eu.

Foi nesse apartamento que eu tive minhas primeiras experiências com Cristo. Eu me lembro que comprei uma bíblia nova e comecei a ler o evangelho de João. Parecia que eu estava lendo algo em outro idioma, mas eu persisti. É engraçado pensar como eu estava realmente cega, porque eu não consegui absorver nada do que estava escrito ali.

Nessa época também, eu comecei a ir nos cultos. A igreja tinha palavras muito fortes e eu fui muito ministrada ali, mas não consegui me enturmar e não tinha comunhão com as pessoas daquela igreja.

Comecei a ter meus momentos a sós com Deus. Eu ouvia muito o pastor Lucinho, praticamente o tempo todo, e eu queria experimentar tudo que ele contava nos seus sermões.

Comecei a jejuar e orar nas madrugadas. Comprei uma bíblia com uma tradução mais atual e comecei a me relacionar com Jesus. Eu aprendi a ser sincera com ele, falava tudo que estava em meu coração. Lembro de um dia que eu sentei no chão do quarto, comecei a orar, li o Salmo 56 e clamei por um coração puro assim como Davi. Senti Jesus me abraçando e foi uma das melhores experiências que eu tive na vida.

Uma outra vez eu estava no banho, ajoelhada orando e de repente senti um vento no meu interior, minhas mãos ficaram trêmulas eu comecei a dizer a Deus que eu cria nele e no seu Espírito. Comecei a orar em línguas, meu espírito falando diretamente com o Espírito de Deus. Foi tremendo e eu nem sabia direito o que estava acontecendo.

Comecei a ficar constrangida com algumas coisas. O Espírito falava muito forte ao meu coração, me aconselhando a deixar velhos hábitos e à abrir mão de algumas coisas, fui sendo moldada.

Depois de um tempo, senti falta de amigos e comecei a orar sobre isso. Pedia a Deus que me desse novos amigos, pessoas que me aproximassem mais Dele. Foi quando minha melhor amiga se converteu, a única amiga que eu mantive (porque ela trabalhava comigo). A partir daí as coisas foram muito mais fáceis.

Nossos horários de almoço eram discipulados, compartilhávamos experiências e íamos crescendo uma com a outra.

Hoje eu não consigo mais viver longe de Cristo, a minha vida é dele e faço qualquer coisa que ele me peça para estar junto com ele, cumprindo os propósitos dele para minha vida. É um amor que eu nem consigo explicar, algo que arde em meu peito. Posso afirmar que verdadeiramente amo a Deus acima de todas as coisas.

Ainda estou em um processo de aperfeiçoamento, tentando alcançar mais maturidade espiritual, mas hoje sou plenamente feliz! Escrevi tudo isso para você saber que existe um caminho, que você pode tirar suas máscaras e se abrir com Jesus que ele vai cuidar de você e te dar o melhor desse mundo!

Espero que esse texto te ajude de alguma forma. Um beijo e até mais!

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