Lançando sementes no “INTERMED”

No feriado do dia 12 de outubro, eu e meu marido (Nicollas) participamos de um evangelismo no INTERMED, um encontro das faculdades de medicina, onde ocorrem: competições esportivas; festas nas repúblicas e casas alugadas pelos estudantes; festas temáticas, shows, encontros nos barzinho da cidade e muita “bagunça” nas ruas.

Foi uma grande surpresa participarmos desse evento. Nós estávamos visitando minha família em Valença-RJ e fomos a um congresso do Movimento Flechas, onde ficamos sabendo que, no dia seguinte, eles estariam desenvolvendo esse projeto junto com uma equipe da JOCUM. Então nos voluntariamos e fomos junto com eles.

Nossa equipe tinha a convicção de que nenhum jovem que estaria naquele lugar esperava que alguém os falasse do amor de Cristo. Além disso, se tratava de um público instruído e, em maioria, de classe média alta.

Foi uma experiência bem diferente para mim. Já no ponto de encontro, sentimos um clima diferente. O louvor era só voz e violão, estavam todos em sintonia. Havia muita sinceridade naquele ambiente. Ficamos ali, em oração por um tempo e depois fomos divididos em pequenos grupos. Também recebemos algumas orientações:

  • Não ir caracterizado como cristãos, nada de camisa ou qualquer outra coisa, pois a ideia era nos infiltrar;
  • Orar e pedir a Deus “palavras de conhecimento” (revelações de pessoas para abordar, chamados de tesouros, e lugares onde nós deveríamos ir);
  • Só abordar pessoas direcionadas pelo Espírito;
  • Não falar de religião nem entrar em discussões tolas;
  • Demonstrar amor; e
  • Permanecer em oração todo tempo.

Durante a oração, Deus mostrou para o meu grupo: uma casa, uma caminhonete vermelha, uma praça com uma locomotiva, um rapaz de boné vermelho e uma menina loira com batom rosa.

Para mim, Deus deu uma palavra, a parábolas das sementes. Tive o entendimento de que naquele dia nosso objetivo era jogar sementes. Encontraríamos todo tipo de solo, inclusive o solo fértil onde as sementes iriam geminar.

Depois da oração, meu grupo saiu em direção à praça com a locomotiva, onde encontramos o rapaz de boné vermelho. Conversamos com ele, falamos sobre relacionamento com Cristo e oramos por sua vida.

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Continuamos andando e encontramos a casa. Lá estava tendo uma festa, nós oramos pedindo direção de Deus e quando terminamos de orar uma menina loira com batom rosa passou em frente à casa.

Nós a abordamos, mas ela estava com coração duro. Entretanto, Deus nos direcionou a falar com ela sobre paternidade. Quando eu disse que ela deveria se relacionar com Deus como quem se relaciona com um pai amoroso seus olhos marejaram. Eu disse que ia orar por ela em casa, mas senti sinceramente que ela foi tocada.

Paramos para orar novamente e pedir direção sobre aonde ir. Nesse momento, vi uma caminhonete vermelha bem atrás de nós. Conversamos com algumas pessoas que estavam ao redor. A mulher que eu conversei se espantou muito quando eu ofereci uma oração. Ela me disse: “Sério? Aqui? (rsrsrs)”. Ela aceitou a oração. Quando comecei a orar Deus falou comigo sobre uma enfermidade. Então, perguntei se havia alguém doente na família e ela disse que estava com um problema no braço e tinha dificuldade de movimentar. Eu orei pelo braço dela 2 vezes. Na primeira, ela disse que tinha melhorado um pouco, mas que ainda doía. Na segunda oração, ela disse que estava bem. Então, eu pedi o nome dela e disse que ia continuar orando em casa. Ela me entregou um papel com o nome da família inteira.

Deus também direcionou diversas outras pessoas, entre os jovens e as pessoas que estavam trabalhando na festa também.

O Nicollas abordou um casal homossexual. Um deles estava deitado no chão, parecia estar passando mal e ele foi perguntar se estava tudo bem. Disseram que era apenas bebida e que os dedos estavam dormentes, mas que estava tudo bem. Ele começou a conversar e perguntou se poderia orar, a resposta foi que não aceitariam nenhuma oração fanática. Então ele se sentou no chão com eles e pediu perdão se, algum dia, a igreja os tivesse desprezado ou se julgado melhor que eles. Ele disse que não era melhor que eles em nada e que Deus os amava da mesma forma. Isso fez com que eles abrissem o coração e recebessem a oração.

Foram muitos testemunhos. Um grupo recebeu orientação sobre uma mulher no posto de gasolina, com uma camisa verde e uma bolsa de lado. Quando eles passaram pelo posto, lá estava a menina. Ela era agnóstica e não queria receber oração, mas se emocionou quando um dos meninos pediu para que a garota que o acompanhava lhe desse um abraço. Ela se surpreendeu que um homem naquele ambiente  não quisesse “agarrá-la”, mas demonstrar o amor de Deus.

Havia também um grupo que estava sentado na calçada junto com um rapaz só de cueca e com uma crista de galo na cabeça. Eles conversaram com aquele rapaz por mais de uma hora e ele estava totalmente voltado a mensagem que estava recebendo, quebrantado e conversando com a equipe. Foi muito lindo!

Foram tantos testemunhos, que é difícil escolher as melhores histórias para colocar aqui.

Para mim, tudo que estava acontecendo ali era bem diferente do que eu conhecia de evangelismo. Entretanto, para equipe que estava à frente tudo era muito normal, rotineiro para eles.

Eu vivi um evangelho muito simples: vi os dons se manifestando no meio da rua, sem o “espetáculo” que comumente acontece nas igrejas. Vi pessoas recebendo o amor de Deus e orando, sem ouvir que aquele lugar era depravado e que eles estavam indo para o inferno.  Vi bêbados entregando o microfone na mão de Cristãos para que o evangelho fosse anunciado. Vi pessoas de diversas denominações em unidade focando no amor de Cristo ao invés de discussões tolas. Vi até crianças recebendo orientação do espírito e abordando seus “tesouros” em meio a grupos de universitários.

Tudo isso de forma extremamente natural, simples e linda!

É claro que também recebemos insultos, que fomos rejeitados por alguns grupos, que algumas pessoas nos deixaram falando sozinhos, que alguns nos menosprezaram, mas, se não fosse assim, não estaríamos vivendo o evangelho puro e simples de Cristo.

Acredito que Deus tem levantado uma geração diferente, que vive o extraordinário de forma natural, que leva amor aos que precisam sem se preocupar com doutrinas ou identidade. E o mundo está sedento para participar disso e receber o amor de Deus.

Meu desejo é que esse testemunho te inspire a ter ousadia para viver isso também. Deus quer derramar algo novo em nossa geração.

3 comentários em “Lançando sementes no “INTERMED”

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