Marcos 16:17
“Estes sinais acompanharão os que crerem: em meu nome expulsarão demônios; falarão novas línguas”
Hoje nosso estudo é sobre “falar novas línguas”, as tão polêmicas línguas de fogo ou línguas estranhas. Infelizmente, ainda persistem muitas discussões e dúvidas sobre as “novas línguas” prometidas por Cristo. Confesso que durante muito tempo eu também desacreditava sobre isso, mas minhas experiências com Deus me fizeram estudar e hoje tenho convicção sobre as “novas línguas”.
Eu aprendi sobre isso com o Pastor Luciano Subirá, que disponibiliza em seu site (orvalho.com) e canais do youtube (Sub 12) diversos estudos sobre isso. Recomendo você assistir também.
Talvez a grande confusão sobre o tema seja porque a maioria das pessoas olha para todos os textos bíblicos que falam sobre “novas línguas” da mesma forma, enquanto existem três diferentes operações (formas de operar/manifestar as “novas línguas”). Aqui chamaremos essas 3 formas de operação de:
- Linguagem de oração
- Dom de Variedade de Línguas
- Sinal aos incrédulos
Essas três operações são distintas entre si e a confusão ocorre quando tentamos igualá-las. Achando que o falar em línguas opera sempre da mesma forma, a Bíblia parece se contra-dizer, mas sabendo que são formas distintas de operação conseguimos entender perfeitamente. Vamos falar separadamente sobre cada uma dessas formas de operação:
- Linguagem de Oração
1 Coríntios 14: 1 e 4 “Porque o que fala em língua desconhecida não fala aos homens, senão a Deus; porque ninguém o entende, e em espírito fala mistérios”. “O que fala em língua desconhecida edifica-se a si mesmo, mas o que profetiza edifica a igreja.”
Nessa forma de operação o homem fala diretamente com Deus para sua edificação pessoal. Esse tipo de linguagem é disponível para todo cristão e nós devemos buscar – lá já nos edifica. O próprio apóstolo Paulo dizia que não existia ninguém que orava mais em línguas do que ele (1 Coríntios 14:18). Esse tipo de operação não necessita de tradução já que é o homem falando com Deus, e quando não há interpretação a orientação de Paulo é que essa pessoa se cale na igreja e fale a si mesmo (1 Coríntios 14:18). Portanto, esse tipo de oração é feita entre você e Deus no seu momento de intimidade com o Senhor ou em público de forma discreta.
- Dom de Variedade de Línguas
1 Coríntios 14: 5 “E eu quero que todos vós faleis em línguas, mas muito mais que profetizeis; porque o que profetiza é maior do que o que fala em línguas, a não ser que também interprete para que a igreja receba edificação.”
No versículo 5 Paulo inicia uma outra forma de operação, o dom de variedade de línguas, que quando utilizado juntamente com o dom de interpretação, seria igual ao dom de profecia, que edifica toda comunidade. Assim como no dom de profecia, nesse caso é Deus falando com o homem, pois edifica a todos e não apenas ao que fala. Portanto, é para esse tipo de operação das “novas línguas” que há necessidade de interpretação, podendo ser a mesma pessoa que fala e interpreta. Entretanto, não são todos os cristãos que recebem esse dom, pois, é o espírito que distribui segundo a sua própria vontade.
- Sinal aos incrédulos
1 Coríntios 14: 22 “De sorte que as línguas são um sinal, não para os fiéis, mas para os infiéis; e a profecia não é sinal para os infiéis, mas para os fiéis.”
Se você ler todo o capítulo de 1 Coríntios 14 você poderá achar essa afirmação um pouco contraditória. Paulo tinha acabado de dizer que as línguas poderiam escandalizar os incrédulos e agora disse que são um sinal para eles. Mas não há contradição, pois esse texto fala das “novas línguas” sob a mesma perspectiva que aconteceu em Atos 2. Essa forma de operação das línguas é aplicada quando um homem fala a outro homem a respeito das coisas de Deus. O homem que recebe a mensagem entende perfeitamente o que o outro diz e ele é edificado com aquilo.
Resumindo:
São 3 formas de operação das “novas línguas”:
- Linguagem de oração: o homem fala com Deus e ele é edificado.
- Dom de variedade de línguas: atua juntamente com o dom de interpretação de línguas. Deus fala com a comunidade, por meio de um homem, e todos são edificados.
- Sinal aos incrédulos: um homem fala com outro homem sobre Deus. O homem que recebe a mensagem entende tudo que é falado e é edificado.
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